O QUE É MODA?
- desalinhandoideias

- 24 de jun.
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de jul.
Quando pensamos em moda, é comum associarmos a ideia a vitrines, passarelas, tendências e roupas do momento.
Mas o conceito de moda vai muito além disso ele é história, linguagem, identidade e transformação. Para entender moda de forma profunda, é essencial começar com um conceito ainda mais amplo: o de indumentária.
Indumentária: a segunda pele cultural
Indumentária é tudo aquilo que colocamos sobre o corpo com intenção seja ela funcional, simbólica, estética ou ritual.
Estamos falando de roupas, calçados, acessórios, maquiagem, adornos, pinturas corporais, piercings, coroas, trajes típicos ou de celebração.
A indumentária acompanha o ser humano desde sempre, carregando consigo marcas da cultura, da época e do grupo ao qual pertencemos.
Antes mesmo de existir o conceito de "moda", já existia a indumentária como linguagem.
Ela comunica pertencimento, poder, luto, status social, espiritualidade, profissão ou até mesmo rebeldia.
Moda: quando o vestir se torna expressão e transformação

A moda, por sua vez, é um recorte dentro da indumentária. Ela surge quando o modo de se vestir passa a refletir não apenas uma necessidade ou função, mas também um gosto específico de uma época, marcado pela mudança com regularidade.
A palavra "moda" vem do latim modus, que significa modo, maneira. Moda, portanto, é um modo de se vestir, de se comportar e, acima de tudo, de se expressar, e é isso que a torna tão poderosa.
Quando a moda nasceu?
Até o final da Idade Média, as mudanças no vestuário eram lentas e baseadas principalmente na função e tradição. Só com a transição para a Idade Moderna especialmente no período do Renascimento começa a surgir o conceito de moda como o conhecemos hoje, algo que muda com frequência e carrega um desejo de novidade e expressão pessoal.
A aristocracia da época foi a primeira a usar a moda como ferramenta de diferenciação.
A partir daí, o vestuário começa a se transformar com mais velocidade, influenciado por movimentos culturais, políticos, econômicos e artísticos.
Moda como linguagem não verbal

Uma das características mais marcantes da moda é seu papel como linguagem não verbal. Cada escolha de peça, cor, tecido, forma ou combinação diz algo sobre quem somos, o que pensamos ou como queremos ser percebidos. Existe aqui uma comunicação entre o emissor (quem veste) e o receptor (quem observa). Mesmo quando achamos que “só estamos colocando uma roupa”, estamos transmitindo algo e isso é fascinante.
As características essenciais da moda

A moda, como fenômeno social e cultural, tem algumas marcas fundamentais:
Mudança com regularidade: ela se renova constantemente.
Efemeridade: o que é moda hoje pode não ser amanhã.
Pertencimento cultural: reflete os valores e desejos de uma época ou grupo.
Capacidade de expressão:
comunica emoções, ideias, visões de mundo.
Ciclicidade: as tendências muitas vezes retornam com novas releituras.
Indústria e consumo: hoje, a moda é também um gigantesco mercado, influenciado por mídias, marcas e sistemas de produção como o fast fashion.
Moda consciente um novo olhar

No mundo contemporâneo, falar de moda também é falar de responsabilidade. O modelo de consumo rápido o fast fashion acelerou os ciclos e trouxe impactos ambientais e sociais sérios. Por isso, movimentos como o slow fashion, o consumo consciente e o resgate da moda como linguagem (e não só como mercadoria) têm ganhado força.
Resgatar a moda como ferramenta de identidade e expressão, entendendo seu poder simbólico e histórico, é um ato de autonomia.
Moda é o modo como nos apresentamos ao mundo, conhecer seus fundamentos, como a indumentária e suas transformações ao longo do tempo, nos permite vestir com mais consciência, estilo e propósito.












