DOCUMENTÁRIO “DIANA VREELAND: THE EYE HAS TO TRAVEL” (2011)
- desalinhandoideias

- 8 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de jul.
Direção: Lisa Immordino Vreeland (nora de Diana)
Duração: 86 minutos
Gênero: Documentário biográfico
Idioma: Inglês
Distribuição: Samuel Goldwyn Films
Quem foi Diana Vreeland?
Diana Vreeland (1903–1989) foi uma das figuras mais icônicas e influentes da história da moda. Ela revolucionou o jornalismo de moda, sendo editora de moda da Harper’s Bazaar por 26 anos, editora-chefe da Vogue de 1963 a 1971 e posteriormente, consultora especial do Costume Institute do Metropolitan Museum of Art, onde transformou a moda em arte e cultura.
Sobre o documentário

“The Eye Has to Travel” não é um documentário linear convencional, é um retrato artístico e envolvente, feito a partir de entrevistas, imagens de arquivo, capas de revistas, recriações visuais e trechos com a própria Diana. A narrativa celebra a vida extraordinária, excêntrica e visionária da personagem principal.
Principais Temas Abordados
Infância e Inseguranças

Diana nasceu em Paris e viveu uma infância emocionalmente turbulenta, com uma relação difícil com a mãe, que a considerava "feia".
Essa vivência moldou sua obsessão por beleza não como perfeição, mas como algo único e fora dos padrões.
Entrada no Mundo da Moda

Começou sua carreira tardiamente, aos 30 anos, como colunista de moda da Harper’s Bazaar, onde criou a lendária coluna “Why Don’t You…?” com ideias ousadas e excêntricas de estilo e comportamento.
Sob direção de Carmel Snow e ao lado do fotógrafo Richard Avedon, ela transformou a linguagem visual da moda, inserindo dinamismo, movimento e drama nas páginas editoriais.
Revolução na Vogue

Quando assumiu a Vogue nos anos 60, trouxe uma nova estética ousada, psicodélica, multicultural e irreverente. Ela acreditava na moda como fantasia, escapismo e empoderamento.
Descobriu e lançou modelos e celebridades como Twiggy, Lauren Bacall, Veruschka, Cher e Edie Sedgwick, expandindo os padrões de beleza e protagonismo feminino.

Através de capas e editoriais provocativos, ela desafiou os limites do bom gosto e da normalidade.
Estilo e Filosofia de Vida

Para Diana moda era mais que roupa, era arte e performance.
A célebre frase "The eye has to travel" resume sua filosofia: o olhar deve se mover, buscar o extraordinário, sair da mesmice.
Defendia que a imaginação era mais importante que a realidade, e seu trabalho editorial era uma ode ao sonho, à transformação e à teatralidade.
Contribuição ao Met
e Legado

Após ser afastada da Vogue nos anos 70, Vreeland foi para o Met Museum e revolucionou a maneira como a moda era vista no contexto artístico.
Criou exposições memoráveis que misturavam história, cultura e drama, tornando-se referência para curadores e estudiosos da moda.

Seu legado ecoa até hoje em editoriais, filmes, desfiles e na forma como a moda é comunicada.
Frases icônicas de Diana Vreeland no documentário
“There’s only one very good life, and that’s the life you know you want and you make it yourself.” (“Só existe uma vida realmente boa: a que você sabe que quer e faz por si mesma.”)
“Style all who have it share one thing: originality.” (“Todos os que o possuem estilo compartilham uma coisa: originalidade.”)
“I loathe narcissism, but I approve of vanity.” (“Detesto o narcisismo, mas aprovo a vaidade.”)
“The only real elegance is in the mind; if you’ve got that, the rest really comes from it.” (“A única verdadeira elegância está na mente; se você tem isso, o resto realmente vem dela.”)
Um ótimo documentário para entender a construção da moda editorial como uma linguagem artística e conhecer os bastidores das revistas mais influentes do século XX.




