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  • MARTIN MARGIELA

    Poucos nomes na moda causaram tanto impacto quanto o de Martin Margiela  e paradoxalmente, ele fez isso evitando completamente os holofotes. Enigmático, visionário e provocador, Margiela redefiniu o conceito de moda contemporânea com suas criações desconstruídas, sua crítica ao sistema e seu completo desprezo pela fama. Esta matéria explora quem foi esse criador misterioso, suas contribuições mais icônicas e as obras que ajudam a entender seu legado. Quem é Martin Margiela? Martin Margiela nasceu em 9 de abril de 1957 , em Leuven , uma pequena cidade na Bélgica . Criado em Genk, ele se interessou por moda desde pequeno, encantado por revistas e pela televisão italiana que via com a avó. Estudou na prestigiada Royal Academy of Fine Arts , em Antuérpia a mesma que formou os famosos “Seis de Antuérpia”, embora ele não fizesse parte oficialmente do grupo. Início da Carreira Após se formar, Margiela trabalhou como assistente de ninguém menos que Jean Paul Gaultier , entre 1984 e 1987. Essa experiência moldou sua compreensão sobre a alta-costura e, ao mesmo tempo, o motivou a romper com as normas. Em 1988 , fundou sua própria marca: a Maison Martin Margiela , junto da parceira Jenny Meirens. Desde o início, o designer optou pelo anonimato. Nunca deu entrevistas, não aparecia no final dos desfiles e evitava a imprensa. Sua proposta era o foco deveria estar na roupa, não na pessoa por trás dela . Estilo e Estética Martin Margiela ficou conhecido por sua abordagem radical, desconstruir a roupa para reconstruir o olhar do público . Suas peças revelavam costuras, forros, estruturas internas transformando o “imperfeito” em estética. Ele expunha o esqueleto da roupa como forma de contestação da superficialidade da moda. Outros elementos marcantes: Uso de materiais reciclados  e reaproveitados (upcycling antes de ser tendência). Numeração enigmática  nas etiquetas, sem nome visível: apenas uma sequência de 0 a 23, em que cada número representa uma linha da marca (ex: 6 para moda feminina, 10 para masculina, 22 para acessórios). Modelos com rosto coberto , roupas que pareciam inacabadas ou deformadas, peças oversized. Momentos Icônicos e Trabalhos Importantes 1989 : Primeiro desfile da Maison Margiela em Paris. Foi um escândalo. Crianças da comunidade desfilaram junto das modelos profissionais, em uma passarela improvisada em um bairro periférico. 1997-2003 : Margiela assume a direção criativa da linha feminina da Hermès . Em um movimento totalmente oposto à sua própria marca, cria roupas minimalistas, atemporais e elegantes. Isso provou sua versatilidade como criador. 2006 : A marca é adquirida pelo grupo OTB, de Renzo Rosso (Diesel), e Margiela começa a se afastar da Maison. 2009 : Sua saída é confirmada, mas ele se retira sem alarde, como viveu toda sua carreira. Desde então, vive completamente fora do radar midiático. O "mito" É considerado o padrinho da moda conceitual  e influenciou nomes como Demna Gvasalia (Balenciaga), John Galliano (que assumiu a Maison Margiela em 2014), e Rei Kawakubo. Documentários sobre Margiela Apesar do silêncio, Martin Margiela quebrou parte do mistério em 2019: Martin Margiela: In His Own Words  (2019) Direção: Reiner Holzemer O documentário mostra Margiela narrando sua trajetória  com sua própria voz, mas sem revelar o rosto. Repleto de imagens de arquivo, entrevistas com colaboradores e reflexões sobre o que é o anonimato, o sistema da moda e a criação. Livros sobre Martin Margiela "Maison Martin Margiela"  (Rizzoli, 2009) Catálogo visual e histórico da marca até a saída de Margiela. Inclui fotos raras e análises de peças icônicas. "Margiela: The Hermès Years"  (Lannoo Publishers, 2017) Analisa a passagem discreta e sofisticada do estilista pela Hermès. "Martin Margiela" por Rebecca Arnold Aborda seu impacto acadêmico e filosófico no campo da moda. “Nunca fui contra a moda. Só queria que ela fosse algo mais do que vender imagens” — Martin Margiela

  • DO CONCEITO AO CORPO, ETAPAS DE CRIAÇÃO E PRODUÇÃO DAS ROUPAS

    Etapas 1. Pesquisa e inspiração 2. Design (croqui e ficha técnica) 3. Modelagem (plana, moulage ou digital) 4. Corte 5. Costura 6. Acabamento 7. Etiquetagem e embalagem 8. Controle de qualidade 9. Comercialização 1) Pesquisa e Inspiração (Pesquisa de Tendências ou Pesquisa de Estilo) Aqui tudo começa: o momento de absorver referências visuais, culturais, históricas, comportamentais e mercadológicas. Pode incluir: Moodboards Estudo de tecidos e paleta de cores Pesquisa de tendências (feiras como Première Vision, WGSN, passarelas) Referências artísticas, cinematográficas ou pessoais Objetivo:  definir a direção criativa da coleção ou peça. 2. Criação / Design Agora é hora de transformar as ideias em croquis e fichas técnicas. Envolve: Desenho de moda (à mão ou digital) Escolha de tecidos, aviamentos e acabamentos Estudo de funcionalidade e estética Ficha técnica (documento com todas as especificações da peça) Aqui a peça já começa a tomar forma visual. 3. Modelagem Transforma o croqui em moldes reais e funcionais que permitirão cortar o tecido no formato correto. Pode ser feita de três formas: Modelagem plana (papel) Moulage (manequim) Modelagem digital (CAD, 3D) É a engenharia da roupa. Define estrutura, proporção, encaixe e caimento. 4. Corte Com os moldes prontos, é feito o corte do tecido, seguindo as especificações da modelagem. Inclui: Encaixe dos moldes no tecido (planejamento para evitar desperdício) Risco e marcação Corte manual ou automático (máquinas de corte industrial) Aqui o cuidado é crucial para garantir que tudo saia com exatidão. 5. Costura / Montagem da Peça As partes cortadas são unidas por costureiras ou máquinas, dando origem à estrutura final da roupa. Pode envolver: Costura reta, overlock, pesponto, entre outras técnicas Prova de peça (ajustes) Acabamentos internos (reforços, forros, limpezas de costura) É quando a peça finalmente ganha corpo tridimensional. 6) Acabamento Essa etapa refina e valoriza a peça. É o toque final antes da peça ser considerada pronta . Inclui: Bainhas Aplicações Botões, zíperes, rebites Lavagens especiais (jeans, por exemplo) Vaporização ou passadoria técnica Controle de qualidade visual e técnico Aqui se garante que a peça está linda, funcional e durável. 7) Etiquetagem e Embalagem A peça recebe: Etiquetas (com marca, composição, cuidados) Tag de papel Embalagem (individual, ecológica ou de envio) Essa etapa também faz parte da experiência de marca. 8) Controle de Qualidade Profissionais avaliam se a peça: Está com costuras corretas Respeita o molde Tem acabamento limpo Está sem defeitos no tecido ou montagem Essa etapa é essencial para evitar devoluções e garantir confiança. 9) Comercialização / Distribuição A roupa finalizada segue para: Lojas físicas E-commerce Atacados ou multimarcas Brechós ou marketplaces (no caso de reuso) Aqui entra o marketing, branding, campanhas e exposição. É quando o público finalmente vê (e deseja) a peça, chegando assim ao consumidor final.

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